Endometriose: doença atinge cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil

 Endometriose: doença atinge cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil

Crédito: Reprodução Pexels

Apesar de frequente, estudos mostram que o diagnóstico da endometriose pode levar até nove anos

Em agosto, a cantora Anitta deixou seus fãs preocupados depois de anunciar que passaria por uma cirurgia para tratar a endometriose. De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença inflamatória crônica afeta cerca de 190 milhões de mulheres no mundo, sendo diagnosticada entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva. No Brasil, estima-se que 7 milhões de brasileiras sofram com a doença. 

Apesar de frequente, estudos mostram que o diagnóstico pode demorar entre sete e nove anos, exatamente como aconteceu com a cantora Anitta, que anunciou em suas redes sociais que descobriu ter endometriose após passar nove anos sofrendo com dores. 

A endometriose, que é comumente relacionada a cólicas do período menstrual, pode apresentar sintomas são bem dolorosos, chegando a ser incapacitantes. Para a mulher que sofre da doença, ir ao banheiro para evacuar, por exemplo, pode se tornar terrível um pesadelo. 

Para a ginecologista endócrina Marina Ribeiro, a primeira linha do tratamento da endometriose é mudança de estilo de vida. “A mulher que sofre da doença deve priorizar hábitos de vida saudáveis, como prática de exercício físicos e alimentação saudável. Para reduzir o processo inflamatório. Os anticoncepcionais também são possibilidade de tratamento, reduzindo a menstruação e controlando a dor. Porém, se, ainda assim não houver melhora dos sintomas, deve-se fazer uma avaliação mais detalhadamente para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica”, explica Ribeiro.

Por que é uma doença comum entre as mulheres?

A endometriose é uma doença que afeta as células do tecido que revestem o útero (endométrio), fazendo com que elas se movimentem no sentido oposto, migrando para outros órgãos como trompas, ovários, intestino etc. Dessa forma, ao invés do sangue ser expulso durante a menstruação, ele volta a se multiplicar provocando sangramentos, mal-estar, dor para evacuar, urinar, constipação intestinal e diarreia. 

O estresse também pode ser um grande vilão para a saúde das pessoas com essa doença. Muitas mulheres, quando estão em períodos de grande estresse físico e emocional, costumam comer mal e dormir pouco. Esse “combo” aliado às substâncias liberadas pelo corpo durante o estresse, como o cortisol, podem atingir a eficiência da imunidade, facilitando o desenvolvimento da doença.

O tratamento de endometriose deve ser estabelecido pelo ginecologista que deve recomendá-lo considerando a idade da mulher, desejo de engravidar, sintomas e gravidade da doença. Na maioria das vezes, é recomendado o uso de analgésicos e anti-inflamatórios para o alívio das dores, principalmente, durante a menstruação. Nos casos mais graves, pode ser recomendada a realização da cirurgia, uma vez que é a única forma de retirar o tecido endometrial.

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