Quem mandou matar Marielle e por quê?

 Quem mandou matar Marielle e por quê?

Imagem: Reprodução

A pergunta que norteou noticiários, debates e enfrentamentos políticos. O caso que gerou revolta aos familiares e simpatizantes da vereadora por deboches, discursos de ódio e desdenho a sua ida ao pedestal que poucos chegam: a de mártir política.

Um caso cheio de reviravoltas, a maior delas até o atual momento é do envolvimento de Rivaldo Barbosa, delegado por mais de 22 anos e Chefe da Polícia Civil nomeado um dia antes da morte de Marielle Franco.

A primeira autoridade que recebeu a família com o propósito de resolver o crime, mas que somente atrapalhou o andamento do processo por mais de cinco anos. Barbosa, indicou o grupo armado de Ronie Lessa, delator e assassino confesso a cometerem o crime longe da Câmara dos Vereadores, para que não se caracterizasse um “crime político”, sendo assim o caso ficaria fora do âmbito da PF.

A ação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prendeu além do delegado os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro. Os irmãos Brazão pintados como “obscuros e poderosos” pela mídia internacional já eram bordados na década de 80 no Rio de Janeiro como “Irmãos Metralha” e que dá o tom da espécie sórdida dos acusados e dos seus pares políticos, pares esses, ligados às milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Marielle, foi morta porque era contra aos interesses de expansão e exploração imobiliária comandada pela família Brazão na zona oeste do Rio de Janeiro, sistema criminoso que une as milícias à política. A cumplicidade entre polícia e milícia parece nítida no Rio de Janeiro.

A segurança armada do Estado que deveria combater o mal é há que ajuda matar e ao mesmo tempo protege os culpados. Parece ficção, mas não… é a vida real e só arranharam a superfície, tem mais caroço nesse angu…

A vereadora não foi conivente com o sistema, morreu por lutar pelas minorias sociais, era justa, leal e reta em suas convicções. A carne morreu, mas as ideias dela jamais morrerão, plantou uma semente no qual irá brotar lindas flores, ela venceu e que bom seria o mundo se todos tivessem um pouco de Marielle Franco dentro de si.

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Cria de Paraisópolis, bacharel em Lazer e Turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Pesquisador com foco na periferia e sua dialética com o Lazer e Turismo. Teve contato com projetos de impacto social em Paraisópolis e em áreas da Zona Leste.

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