Sol Nascente supera Rocinha e se torna maior favela do Brasil

 Sol Nascente supera Rocinha e se torna maior favela do Brasil

Créditos: Correio Braziliense

No Brasil, segundo o último censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, estimou que cerca de 16 milhões de pessoas vivem em favelas. A expansão de 40% no número supera em muito o censo de 2010 que estimava um dado populacional de 11 milhões de moradores.

A título de curiosidade, no mundo, temos favelas que impressionam pela quantidade de pessoas e tamanho. A Orangi Town, Karachi, Paquistão ou Ciudad Nezahualcoyoti, México possui cada uma mais de 1 milhão de pessoas, vivendo em territórios com semelhanças comparativas às comunidades urbanas brasileiras.

No Brasil apesar das favelas serem mais modestas comparadas às que existem no mundo, impressionam por sua verticalidade em territórios acidentados, como no caso de Paraisópolis e Rocinha. Ao passo que essa última parece ter perdido até o exato momento seu posto de maior favela brasileira.

Segundo a previsão do IBGE de 2022, o Sol Nascente, no Distrito Federal, ultrapassou a Rocinha, no Rio de Janeiro, em números de domicílios 32.081, enquanto a segunda colocada 30.955. A diferença entre ambas é o relevo, enquanto a Rocinha é mais acidentada e com morros, o Sol Nascente é plana, o que facilita sua expansão que ainda continua desenfreada e especulativa.

A comunidade por volta de 1998, por meio da grilagem de terras passou a se formar, pessoas que migraram de outros estados para a região passaram a ocupar enquanto o plano piloto no distrito federal também se expandia. O local como muitas favelas brasileiras tem problemas de sobras, a região é propensa à formação de erosões e isso se explica pela localização estar próxima a uma chapada.

Ao passo que dentro desse contexto nos períodos de chuva é comum ver nos noticiários alagamentos o que prejudica e muito a vida dos residentes locais e falar sobre a melhora do clima urbano favorece ainda mais quando a região é caracterizada por poucas árvores quando comparadas às áreas nobres a poucos km dali.

Nesse olhar a configuração de Brasília se define justamente pela exclusão de uns dos privilégios de outros, o processo de planejamento urbano portanto não reconhece da mesma forma os direitos de todos na cidade, o que é modos operantes nas favelas brasileiras.

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Cria de Paraisópolis, bacharel em Lazer e Turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Pesquisador com foco na periferia e sua dialética com o Lazer e Turismo. Teve contato com projetos de impacto social em Paraisópolis e em áreas da Zona Leste.

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