Encerramento do Slum Summit promoveu empreendedorismo feminino
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Redação Cria Brasil- 0
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Crédito: Luiz Maike / Cria Brasil
O evento contou com a participação de parceiros que contribuem com projetos de impacto social, empoderamento feminino, sustentabilidade e tecnologia nas favelas
Slum Summit G10 Favelas 2022 começou o segundo dia dando continuidade a programação proposta com foco nas favelas. O primeiro painel, “Comprou, chegou”, contou com a participação da Fundação Casas Bahia, que há 18 anos está em Paraisópolis, sendo a principal varejista da comunidade. Freitas, diretor-executivo da Casas Bahia, falou sobre a importância da parceria entre o G10 Favelas: “damos acessibilidade a qualquer pessoa que, independente de onde ela estiver, principalmente nas comunidades, de realizar o sonho do que ela quiser comprar.”
Já o painel “Colors of Favela”, contou sobre a transformação promovida pela startup Revitaliza Comunidades e seus parceiros em Paraisópolis e também refletiu sobre a importância da arte e das cores para a autoestima dos moradores. “Quando cheguei aqui e vi essas casas coloridas fiquei encantada, porque sei do poder da arte de transformação”, disse Leia Kimura, artista conceitual e programadora.
Abordando o tema “Sustentabilidade e Desenvolvimento”, Patrícia Vedrano, CEO do Instituto Socioambiental, contou que trabalha há mais de 20 anos com sustentabilidade na área de água e esgoto e pretende em parceira com o G10 Favelas trazer novas tecnologias, redução e economia. “Vamos capacitar profissionais aqui da favela para trabalharem aqui dentro”.
O último painel antes do almoço, tratou sobre as “Iniciativas de Impacto B”. No palco, Sérgio Serapião do Labora, plataforma de inclusão produtiva, que oferece treinamentos e mentorias gratuitos para as pessoas entrarem no mercado de trabalho, além de fazer a conexão com as empresas e profissões mais demandadas do mercado.
Juan Nogueira, do Sistema B, também participou do painel e destacou que empresas B, são companhias que, além de produzir, lucrar e movimentar, contribuem com benefícios sociais e ambientais. “Incentivamos cada vez mais que empresas que fazem parte da rede B, olhem para a periferia com olhar de potência. Como foi dito hoje, existe na favela solução para todos os problemas que estão acontecendo nas empresas”, conta Juan.
Dando continuidade a programação, na parte da tarde o painel “O Esporte Salva Vidas” trouxe entre os convidados Emerson Barata e Elvis Tavares do Instituto Esporte na Favela, que contaram sobre o trabalho que promove a cidadania por meio do esporte.
Em seguida, foi a vez de “Mulheres de Negócios” subirem ao palco para contarem sobre a transformação que o empreendedorismo trouxe para suas vidas. Estrategicamente planejado para acontecer na mesma data em que se é celebrado o Dia do Empreendedorismo Feminino, o painel reuniu seis mulheres que se destacam dentro e fora das favelas: Flavia Rodrigues, presidente da Associação de Mulheres de Paraisópolis, Cibele Silva, criadora da Cisi Cerâmica, Bia Maluf empreendedora, além da dupla Elizandra Cerqueira e Juliana Costa, proprietárias do Mãos de Maria. A apresentação do painel foi feita pela jornalista e apresentadora, Maria Cândida: “dá para empreender de diversas maneiras, se eu pudesse ficaria aqui a tarde inteira ouvindo as histórias e entrevistando as mulheres”, ressalta.
O painel “Microcrédito Estimula Economia” contou com a participação de Leonardo Antunes, fundador da Obvia, uma Startup de Minas Gerais que nasceu para desburocratizar e facilitar a vida dos empreendedores, potencializando a economia local.
O último painel do Slum Summit 2022 ficou por conta da Cria Brasil Comunicação, agência especializada na linguagem da favela. Mediado pela jornalista e diretora da Cria Brasil, Fran Rodrigues, o painel “Influencers Digitais e seu papel social” reuniu os influenciadores Murilo Duarte conhecido como favelado investidor, Eu Joy comediante de Paraisópolis-SP e Jeday jornalista e roteirista do Completo da Maré-RJ.
O encerramento do evento foi feito pela cantora Ana Magalha.
