Vereador fica inelegível por oito anos após cassação por racismo

 Vereador fica inelegível por oito anos após cassação por racismo

Crédito: André Bueno/CMSP/Divulgação / Estadão

A sessão foi conduzida pelo vereador Milton Leite (União), que também é presidente da Câmara.

Na terça-feira (19), o mandato de vereador do Camilo Cristófaro (Avante), foi cassado pela Câmara Municipal de São Paulo, por quebra de decoro parlamentar por uma fala racista em uma reunião virtual no plenário da Casa no ano passado.

Era necessário para a aprovação da cassação 37 votos a favor. A Câmara ao todo, possui 55 vereadores, o placar  foi de 47 pela perda do mandato, 5 abstenções, uma ausência e dois impedidos de votar, nenhum vereador votou contra a cassação.

A cassação do mandato de Cristófaro aconteceu há quase um ano e cinco meses , em maio de 2022, durante uma sessão da CPI dos Aplicativos, na ocasião o parlamentar disse: “Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”

A sessão foi conduzida pelo vereador Milton Leite (União), que também é presidente da Câmara, e o vereador Marlon Luz (MDB) relator do caso deu parecer favorável à cassação do mandato do parlamentar.

A vereadora Luana Alves (PSOL), afirmou em sua fala no momento destinado à acusação: “Eu, que estava presente [à sessão em que o áudio vazou], nunca vou esquecer da expressão de todos os presentes naquela sessão que se sentiram violentados pela fala. Foi um desrespeito profundo a todos os que estavam presentes e a toda a população negra de São Paulo”.

Com o veredito, Cristófaro fica inelegível por oito anos, a partir de dezembro de 2024, quando se encerra esta Legislatura.

Não é a primeira vez que Camilo Cristófaro profere falas racistas, em 2019, ele chamou Fernando Holiday, na eṕoca do Democratas, de “macaco de auditório”, após Holiday ter afirmado em entrevista na TV que alguns vereadores não trabalhavam. Mas naquele período o ex-vereador não perdeu o mandato.

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Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.

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