Por Keli Gois
A tarde do dia 9 de setembro foi agitada no Ministério Público do Estado de São Paulo (MP), onde os moradores de Paraisópolis reuniram-se para protestar e reivindicar a construção do Monotrilho na região, obra que a comunidade aguarda há mais de quatro anos.
Entoados por gritos, apitos e palavras de ordem, os moradores fizeram um almoço na porta do prédio e degustaram uma “Galinhada”, comida típica mineira, uma forma de chamar a atenção do poder público e demonstrar às autoridades políticas a necessidade da construção da Linha 17 – Ouro do Monotrilho.
Com cartazes nas mãos, os moradores caminharam pacificamente até a sede do MP, onde reuniram-se à espera de uma posição do poder público. Não houve qualquer manifestação por parte do MP, mas de acordo com os participantes, os protestos serão realizados semanalmente até que a reivindicação seja ouvida.
Segundo Joildo Santos, presidente em exercício da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP), a obra do monotrilho já foi licitada e o recurso já foi destinado, mas a iniciativa de alguns moradores do Morumbi busca travar sua continuação justamente no trecho que passará em Paraisópolis. “O monotrilho representa mais uma conquista da comunidade. Vai melhorar a qualidade de vida não só dos moradores de Paraisópolis, mas também da região”, explicou.
O Monotrilho da Linha 17- Ouro vai ligar a região do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul. Com o monotrilho, um morador que leva, em média, uma hora e meia para chegar a região central, gastará aproximadamente 15 minutos.
A primeira fase da linha já está sendo executada e a segunda fase, que terá estações em Paraisópolis, tem previsão de conclusão somente em 2017 e terá cinco estações: Panamby, Paraisópolis, Américo Maurano, Estádio Morumbi e São Paulo/Morumbi, onde haverá ligação com a Linha 4 – Amarela do Metrô.
Fotos: Francisca Rodrigues
