Empresa de logística criada na favela desbloqueia CEPs e avança para um mercado bilionário em entrega de pacotes

Nesta sexta-feira (15), a Favela Brasil Xpress comemorou a entrega de um milhão de pacotes nas sete comunidades em que atua. Com nove parceiros comerciais, a startup potencializa a entrega de mais de 6.000 mil pacotes por dia, tendo como principal objetivo proporcionar uma logística participativa, social e inclusiva, oferecendo um mundo de oportunidades que batem à porta de cada cidadão que vive em comunidades e em áreas de difícil acesso.

A empresa nasceu da necessidade de levar dignidade aos moradores de favelas, Giva Pereira, CEO da startup, percebeu uma deficiência decorrente da falta de acesso a serviços de entrega em Paraisópolis. Com objetivo de atender uma demanda decorrente, iniciou a entrega de pacotes na comunidade utilizando o sistema de logística a partir de um mapeamento realizado pelo comitê presidentes de rua do G10 Favelas, com o surgimento no processo de mitigação da Covid-19 que ele coordena desde 2020 para atender famílias em vulnerabilidade social. Com o empréstimo de R$ 15 mil feito no G10 Bank Participações, iniciou as atividades do seu negócio e com o valor adquirido em prêmios, comprou o primeiro caminhão da Favela Brasil Xpress.

Com mais de 17 milhões  de pessoas morando em favelas, é possível imaginar o número de pessoas que possuem dificuldade para receber correspondências em suas próprias casas. Com o surgimento da startup, esse obstáculo tem sido superado e o modelo de base já está atuando em sete comunidades, elevando consideravelmente a taxa de entrega de produtos nas favelas, além de gerar trabalho e renda para os moradores.

 

O negócio de impacto social faz parte do G10 Hub – Acelerador de Negócios, que inclui mais de 18 iniciativas para impulsionar a economia nas comunidades do país. “Muito mais que entregar mercadorias, a Favela Brasil Xpress está devolvendo a dignidade desses moradores, que conseguem comprar e receber suas compras na porta de casa. Antes, eles eram obrigados a informar o CEP dos trabalhos e de casas de parentes, mas agora conseguem ter acesso ao serviço, que é direito de todos”, afirma o presidente do G10 Favelas, Gilson Rodrigues. 

A Favela Brasil Xpress foi a primeira empresa a entrar na bolsa de Valores das Favelas, chegando a captar R$ 899.990,00 para investir na ampliação das bases em outras favelas do p
País. A Bolsa de Valores da Favela somou 844 investidores, um ticket médio de investimento de R$ 1.066,00, 69% dos investidores que são iniciantes. O recurso será utilizado na ampliação das 50 novas bases.
Até o final do ano de 2022, a previsão é de que a Favela Brasil Xpress tenha 50 novas bases localizadas em São Paulo e em outros estados.

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