Alimentação da criança pré-escolar (2-7 anos)

O fato de a alimentação influenciar no crescimento e desenvolvimento infantil não é novidade. No entanto, na correria do dia a dia, a escolha pelos alimentos mais práticos é frequente e, infelizmente, nossa cultura relaciona a praticidade com os alimentos de pacotinho de todo tipo: biscoitos, sucos industrializados, macarrão instantâneo. Com frequência assustadora, comida tem sido utilizada como compensação pela ausência dos pais e responsáveis ou como barganha, ou seja, uma moeda para negociar algo; especialmente no pré-escolar (crianças de 2-7 anos), esses costumes ruins se repetem na vida adulta. Dessa forma, crianças que consomem com mais frequência alimentos industrializados do que frescos tendem a não gostar de consumir alimentos frescos também na vida adulta. Crianças que associam alimentos como recompensa tendem a descontar frustrações em comida na vida adulta. E por fim, quando os alimentos são utilizados como barganha, a criança tende a associa-los a uma experiência negativa. Por exemplo, ao barganhar o consumo dos vegetais pela sobremesa, a criança pode associar o consumo de vegetais como negativo e apresentar maior resistência em consumi-los.

Nesse ponto, deve estar se perguntando como reduzir o consumo de industrializados e aumentar o consumo de alimentos frescos sem barganhar. O primeiro passo, e mais importante, é ser o exemplo. As crianças se baseiam nas atitudes dos pais e cuidadores, inclusive em relação às escolhas alimentares, por isso é importante fazer as refeições junto com a criança sempre que possível. A recusa por experimentar alimentos novos é comum, mas não desista! É preciso apresentar esses alimentos diferentes de 8 a 15 vezes para que a criança se familiarize; ou seja, oferecer de diferentes formas e em diferentes ocasiões, de forma agradável e sem forçar para que a criança associe como uma experiência positiva.

Os alimentos altamente processados, como salgadinhos, bolachas, balas, refrigerantes e sucos artificiais contém grande concentração de açúcar e corantes artificiais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estipula a quantidade máxima de corantes artificiais que pode ser utilizada nesses produtos, porém no consumo em grande quantidade pode ultrapassar esses valores, o que é frequente. O consumo desses corantes pode ocasionar diversas reações nas crianças, dentre elas hiperatividade, asma, falta de concentração e distúrbio de aprendizagem. Por isso, minimizar a oferta e disponibilidade desses alimentos para as crianças é tão importante. Uma estratégia na hora de escolher produtos para as crianças é ler o rótulo; os ingredientes estão listados em ordem decrescente, ou seja, os primeiros ingredientes estão presentes em maior quantidade. Prefira produtos em que o açúcar e gordura não estão entre os primeiros ingredientes e todos os ingredientes são reconhecidos como comida.

Crianças que crescem com alimentação baseada em comida de verdade se desenvolvem melhor, ficam menos doente, tem melhor rendimento na escola e menor risco de desenvolver doenças crônicas na vida adulta. Por isso, cuide da alimentação das suas crianças. Dizer não para o excesso de guloseimas também é um ato de amor e cuidado, que visa saúde no futuro.

Opções de troca

Cenoura

  • ralada
  • cozida em rodelas
  • cozida junto com o arroz
  • purê (amassada com sal)
  • chips – cortar as cenouras em rodelas bem fininhas e assar em forno quente.

 

banana

  • rodelas com leite
  • amassada com aveia
  • geladinho (suco de banana com leite – colocar em saquinho de geladinho e levar ao congelador por pelo menos 5h)
  • suco batido com agua ou leite
  • rodelas ou amassada, cozida no microonas por 30segundos
  • bolo
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