Justiça autoriza pedido de Haddad para remover ocupação do Parque Sanfona

Ocupação teve início em abril do ano passado (Foto: Francisca Rodrigues)
Ocupação teve início em abril do ano passado (Foto: Francisca Rodrigues)

As 692 famílias que ocupam a área  do Parque Sanfona já têm data prevista para deixarem o local.  A ocupação do terreno do Parque Sanfona, uma área de aproximadamente 12 mil metros quadrados,  e da Escola de Música teve início em abril do ano passado, alguns meses após a paralização das obras de urbanização nas respectivas áreas.

Corre na justiça, desde o início de dezembro, um processo em que a prefeitura solicita reintegração de posse do terreno e a remoção das famílias, o pedido foi aceito e poderia ser executado a qualquer momento. De lá para cá, os moradores vêm  mobilizando-se para buscar entendimento com a prefeitura, participando de diversas agendas públicas do prefeito, buscando sensibilizar o poder público para o atendimento às famílias da área afetada pela decisão judicial.

Em audiência realizada no dia 02 de março na Vara da Fazenda Pública, houve uma tentativa de conciliação junto ao poder judiciário, com diversos setores envolvidos, que vão desde representantes de secretarias municipais, a juíza encarregada do caso, representantes dos moradores da área e defensoria pública. Foi  determinado a desocupação  do local voluntariamente até o dia 1 de abril de 2016. Caso  não deixem  área nesta data, a reintegração de posse será realizada no dia 4 de abril e se ainda, assim, os moradores permanecerem no local, fica previsto a operação com a presença da polícia Militar e demais órgãos públicos, a partir do dia 18 do mesmo mês.

Das famílias cadastradas pela prefeitura,  apenas 93,  àquelas em condições de vulnerabilidade social e àquelas afetadas pelas obras do Programa de Urbanização, irão receber o aluguel social,  um recurso assistencial mensal destinado a atender, em caráter de urgência, famílias que se encontram sem moradia. É um subsídio concedido de R$ 400. De acordo com moradores, é muito difícil alugar um imóvel por menos de R$ 500.

De acordo com a União, a mobilização vem se ampliando e a expectativa é que possa conseguir algum acordo para o imbróglio, antes da pretendida remoção pela prefeitura.

 

 

 

Digiqole Ad
+ posts

Jornalista, produtora cultural, diretora de comunicação da Cria Brasil, agência de comunicação de território de favela que surgiu com o compromisso de gerar impacto social positivo nas comunidades do país.

Relacionados

1 Comment

  • Estou escrevendo para solicitar permissão para usar material para o qual acredito que um membro de sua equipe pode nos ajudar, para usar em um próximo livro a ser publicado pela Routledge em 2023.

    A imagem e sobre Paraisopolis e aparece neste artigo atribuída a Francisca Rodrigues.

    Ficaria muito grata se você pudesse conceder permissão para seu uso o mais rápido possível, informando quaisquer linhas de crédito ou taxas necessárias. Se você não controla esses direitos, informe-me a quem devo recorrer.

    Obrigada,

    Laura

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *