Luta pela igualdade racial marca dia da Consciência Negra

 

Foto: Reprodução
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Embora estejamos no século 21, o preconceito racial ainda é muito comum. É claro que nem se compara aos primórdios da escravidão,  mas ainda causa um tremendo desconforto para quem é vitima de tal preconceito. 

Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa. Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma vida por não ter condições de se sustentar.
O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial e contra a inferioridade da classe perante a sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importância dos negros e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.
Durante muitos anos os negros lutam pela igualdade, pelo fim do preconceito e pelo respeito. O dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro no Brasil,  é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. 
O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar da resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1549). Algumas entidades como o Movimento Negro organizam palestras e eventos educativos, visando, principalmente, crianças negras. A instituição procura evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc. O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.
Sancionado este ano pela presidente Dilma Roussef, o Hino à Negritude, cântico à Africanidade Brasileira,  de autoria de Eduardo de Oliveira, representa a força da luta contra o racismo no País. Eduardo Oliveira é um dos grandes nomes da luta pela igualdade racial, era poeta, jornalista, escritor, primeiro vereador negro da cidade de São Paulo, presidente e principal articulador do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e um dos mais atuantes membros do movimento negro do Brasil.

 

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Jornalista, produtora cultural, diretora de comunicação da Cria Brasil, agência de comunicação de território de favela que surgiu com o compromisso de gerar impacto social positivo nas comunidades do país.

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