Incêndio que tirou a vida de 10 jovens jogadores do Flamengo completa quatro anos
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Gisele Alexandre- 0
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Foto: Reprodução
Até hoje, ninguém foi condenado pela tragédia que deixou 10 mortos e 16 feridos.
Era por volta da 5h da manhã da sexta-feira (08/02) em 2019, quando deu início ao incêndio que destruiu parte do alojamento do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, localizado em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, acidente que matou 10 atletas e deixou outros 16 feridos.
Os jovens que perderam a vida tinham entre 14 e 16 anos: Athila Paixão (14), Arthur Vinícius (14), Bernardo Pisetta (14), Christian Esmério (15), Gedson Santos (14), Jorge Eduardo Santos (15), Pablo Henrique (14), Rykelmo de Souza (16), Samuel Thomas Rosa (15), e Vitor Isaías (15).
Há quatro anos, as famílias buscam por justiça, mas até hoje nenhum dos responsáveis foi punido. Em 2021, o Flamengo concluiu acordos de indenização com 25 das 26 vítimas, apenas a família do goleiro Christian Esmério segue em disputa judicial com o clube.
Apesar do acordo financeiro, a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro contra Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, e outras dez pessoas, continua em trâmite no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Em junho do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso de habeas corpus solicitado pela defesa de um dos acusados, Macio Garotti, diretor de Meios do Flamengo, mantendo a ação penal contra os acusados pela tragédia.
“O colegiado negou pedido do diretor de meios, ao considerar que ele era importante influenciador na cadeia de tomada de decisão no clube, e teria sido negligente quanto aos cuidados”, diz trecho do comunicado do MPRJ.
Jornalista com especialização em Políticas Públicas e Projetos Sociais. É editora do jornal Espaço do Povo, colaboradora da Agência Mural de Jornalismo das Periferias e host do podcast Manda Notícias.
