Choro é oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil

 Choro é oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O estilo musical se popularizou nas rodas de música cariocas e se consolidou com nomes como Chiquinha Gonzaga e Pixinguinha

Em uma decisão histórica, o ritmo musical brasileiro Choro foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou por unanimidade o registro da manifestação cultural no Livro das Formas de Expressão, consolidando o Choro como um legado cultural para a nação.

Com raízes que remontam a 1870, com a canção “Flor Amorosa” de Joaquim Callado, o Choro se popularizou nas rodas de música cariocas e se consolidou com nomes como Chiquinha Gonzaga e Pixinguinha. Sua melodia melancólica e instrumentalmente rica, caracterizada pela improvisação e virtuosismo, conquistou o coração do público e se tornou um símbolo da identidade musical brasileira.

A 103ª reunião ordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural foi palco da oficialização do Choro como Patrimônio Cultural Imaterial. A iniciativa, impulsionada pelo Clube do Choro de Brasília, Instituto Casa do Choro do Rio de Janeiro, Clube do Choro de Santos e diversos artistas do gênero, celebra a importância do Choro para a história e cultura do Brasil.

O reconhecimento garante a preservação e valorização do Choro para as futuras gerações, assegurando o legado de grandes chorões e incentivando o desenvolvimento e a perpetuação desse estilo musical único. 

A partir de agora, o corpo técnico do Iphan e os detentores do bem cultural, juntos, vão desenvolver políticas públicas para a salvaguarda do Choro, com programas e cursos em escolas públicas, criação de editais para aquisição de instrumentos e promoção das rodas de choro em locais públicos, fortalecendo o desenvolvimento de formas de transmissão.

“Se a gente cultivar o choro da maneira que estamos fazendo, vamos muito à frente. A partir de agora é colocá-lo nas escolas, passar essa cultura para as próximas gerações. Esse é o grande fascínio, esse é o objetivo”, disse o chorão Reco do Bandolim durante a 103ª reunião.

Fonte: Ministério da Cultura 

Digiqole Ad
+ posts

Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.

Relacionados