Ballet Paraisópolis se apresenta no Auditório Ibirapuera

Por Francisca Rodrigues

Projeto reúne 25 coreografias que incluem  balé clássico,  dança contemporânea e repertório (Foto: Francisca Rodrigues)
Projeto reúne 25 coreografias que incluem balé clássico, dança contemporânea e repertório (Foto: Francisca Rodrigues)

Cerca de duzentas crianças e jovens de Paraisópolis,  segunda maior comunidade de São Paulo, irão se apresentar no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer. O evento acontece no dia 1 de março com entrada franca.  A apresentação irá reunir trabalhos realizados ao longo de três anos, resultando em 25 coreografias que incluem dança contemporânea, balé clássico e repertório. O espetáculo terá início a partir das 19 horas. Os ingressos poderão ser retirados com uma hora de antecedência no dia da apresentação na bilheteria.

“O nosso trabalho vai muito além de promover a dança na comunidade, queremos de fato mudar a perspectiva de vida dos alunos que buscam  novas oportunidades”, comenta  Mônica Tarragó, diretora do Ballet Paraisópolis. De acordo com Mônica, a população local também é diretamente estimulada a praticar e se relacionar com a arte. “O projeto pretende demonstrar a todos que mesmo em um local desprovido de recursos pode-se construir uma carreira artística desde que a oportunidade de aprender seja oferecida”, completa.

Em busca  de disseminar a arte da dança por toda a comunidade, além de  desenvolver o potencial de crianças e adolescentes de baixa renda, o Ballet Paraisópolis busca por meio da dança estreitar as relações familiares, fortalecendo os vínculos dos pais com as alunas e com o projeto. 

Duas vezes por semana são ministradas aulas de balé clássico com duração de uma hora cada. Ao término de oito anos de curso os alunos são formados como bailarinos, passando a integrar companhias ou até mesmo atuar como coreógrafos ou instrutores de balé. 

“É motivo de muita alegria ver o resultado de tanto empenho dos professores e  alunos se concretizar em uma apresentação de dança no Auditório Ibirapuera. Isso prova que nossa comunidade é capaz de produzir grandes espetáculos, basta ter  apoio e pessoas que acreditem em nosso trabalho “, afirma Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP).

Com apoio da UMCP, o projeto é  patrocinado pelo Banco Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.

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Jornalista, produtora cultural, diretora de comunicação da Cria Brasil, agência de comunicação de território de favela que surgiu com o compromisso de gerar impacto social positivo nas comunidades do país.

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