Artista usa poesia para falar sobre racismo, preconceito, xenofobia e direitos humanos

O escritor Róbinson da Silva lançou, neste mês, o livro “Frutificar Vida”, pela editora Haikai. Sem lançamento presencial, devido ao agravamento da pandemia, o livro é a primeira realização do economista e caipira no mundo literário. 

Na obra de 174 páginas, o escritor manifesta as emoções e impressões que teve em sua vida, iniciada em 30 de agosto de 1960, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, mas foi em Belford Roxo, no estado do Rio de Janeiro, onde viveu por mais de 40 anos, que brotou a sua veia poética. 

Há vinte anos, Róbinson da Silva vive no estado de São Paulo, onde morou por dez anos na capital e atualmente vive no interior do estado paulista, na cidade de Guararema. Na roça, como sempre sonhou. 

Ao longo da leitura de seu livro é possível ver uma linha histórica no decorrer de cada poema com uma linguagem acessível em que uma poesia se entrelaça com a outra, fazendo com que o leitor se veja como protagonista das poesias. “Apresento minhas poesias organizadas por décadas, buscando obter uma linha lógica da minha vida, assim como observar as mudanças em meus pensamentos, em minhas crenças, verdades e inspirações”, declara o poeta.

As poesias do autor Róbinson ampliam o entendimento sobre as questões sociais, racismos, preconceitos, xenofobia e direitos humanos. “O meu livro é minha vida numa linha temporal poética. Um espelho no qual me redescubro, relendo o meu passado com um olhar presente, construindo o meu futuro a partir do sonho e da luta de que é possível se construir um mundo mais humano”, pondera Róbinson da Silva sobre a inspiração para o livro.

A obra apresenta poesias que oferecem ao leitor beleza e encantamento, tão necessários nesses tempos estranhos e difíceis que vivemos.

Confira abaixo uma amostra das poesias que compõem o livro do artista: 

Alma
É na alma que habito
A alma é o meu SER.
Na alma me revelo em preto e branco
Sem retoques ou maquiagem, sem qualquer cor
Na alma me encontro nu, só!

Com o peito aberto comovido
Que se abre como uma flor.

Se não alcançam minha alma
Tangenciam o meu SER
Não sabem quem eu sou.

[…]

(Guararema, 2020, p.113)

O livro já está disponível na versão digital e impressão pelo site da editora Haikai: https://haikaieditora.com.br/produto/frutificar-vida/

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